quarta-feira, 27 de maio de 2009

Transgênicos, reputação e comunicação: um trio difícil de lidar

Como lidar com assunto polêmico, quando ele coloca a reputação da empresa em jogo, usando a comunicação como recurso? Difícil, não? Mas não impossível. Especialmente quando se tem e pode usar os recursos da Comunicação para isso. E foi exatamente o que Cristina Rappa, gerente de Comunicação e Responsabilidade Social da Monsanto, fez. Ela usou e abusou de toda sorte de recursos para melhorar a reputação da companhia, inclusive o uso das novas mídias sociais aliadas à visão positiva da tecnologia na vida cotidiana. Com isso, não somente melhorou a imagem dos transgênicos para o mundo fora das paredes da companhia, como a própria reputação da Monsanto. Rappa falou nesta quarta-feira, 27 de maio, durante o 12º Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, realizado no Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo, na palestra intitulada “Imagem Institucional: O desafio de reverter a imagem da empresa e de comunicar sobre os transgênicos".

Sua grande empreitada ao assumir o cargo, dez anos atrás foi responder à grande demanda, tanto do público externo como o interno, de informações sobre transgênicos. Para atender a ambos públicos e ainda responder às acusações e questionamentos sobre os produtos polêmicos, a solução foi manejar um grande mix de comunicação, envolvendo newsletters quinzenais, palestras, conteúdos online, e, ainda, parcerias com projetos sociais e ONGs. Nada disso daria resultado, segundo disse, se não fosse a transparência e a forma acessível com a qual a empresa assumiu o compromisso. "A Monsanto se utiliza largamente da internet, e tem uma política de resposta em 72 horas da seção ‘Fale Conosco’. “Cerca de 80% da empresa está online, o que nos permite usar a internet em larga escala”. O meio online ainda não dominou por completo a Comunicação da Monsanto, pois parte de seus funcionários e consumidores não acessam a rede mundial. Mas isso “deve mudar daqui alguns anos”, garante.

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