sexta-feira, 29 de maio de 2009

Quem cala, consente e quem não se comunica, se trumbica. Iveco conta como reverteu a má impressão causada pelo silêncio


A frase escolhida pelo diretor de Comunicação, Propaganda e Promoção da Iveco Latin America, Marco Piquini, não foi nenhuma das postadas no título, obviamente. Mas, mesmo preferindo citar Arthur Koestler (“As pessoas diante da pressão mudam”), Marco Piquini fez um mea culpa que poucas empresas fazem - e que foi essencial para mostrar a importância de um programa de Comunicação Integrada para ajudar qualquer negócio a alcançar suas metas de vendas e visibilidade de mercado, via criação e consolidação de imagem. A bem sucedida experiência vivida pela Iveco empresa fabricante de caminhões no Brasil, que agora será aplicada em toda América Latina, foi compartilhada com os congressistas no segundo dia do 12o. Congresso que hoje chega ao fim e qu teve, como este, outros momentos de cases de empresas, que ainda mostraremos aqui e podem ser acessados individualmente no site da Mega Brasil e do Jornal da Comunicação Corporativa.

O problema
Antes de 2007, a comunicação, em qualquer área da Iveco Brasil era praticamente zero. Ao investir em pesquisas, a empresa percebeu que era hora de dar uma virada e partir para a construção de uma comunicação forte, porque, lá fora, o reconhecimento mundial da Iveco como a maior produtora de caminhões do mundo estava assegurado. As pesquisas indicaram que a marca era pouco conhecida, que o público mal identificava marca e produto e os pesquisados sequer sabiam da existência de uma fábrica em Minas Gerais. Sem um programa de comunicação, não seria possível fazer aqui o que a marca havia conquistado lá fora. Apesar disso, as pesquisas também revelaram baixo índice de rejeição - bom sinal. Criando novos produtos, investindo na exposição da marca, atendimento ao cliente e atividades especiais com clientes cativos, a reversão do quadro foi notória. Alguns pontos foram fundamentais para garantir isso: o time estratégico da Comunicação foi todo montado para trabalhar indoor. "Não era hora de entregar a batura para que agências conduzissem os negócios majoritariamente, mas deixasse que a Iveco caminhasse por ela mesma, com liberdade", disse Piquini. Hoje, as agências reforçam e complementam o trabalho estrategicamente desenhado internamente, mas a palavra-chave da empresa é integração: “A integração das áreas tornou-se uma obsessão e uma realidade na Iveco.”

Lições de casa

Piquini enumerou alguns preceitos básicos para o sucesso da implementação da Comunicação Integrada:
1) A comunicação integrada exige mudança de comportamento e uma postura mais colaborativa, essencial para o crescimento da marca.
2)A comunicação direta deve estar sempre em primeiro lugar, para que se tenha um ótimo reconhecimento.
3)Soluções inovadores devem estar na ordem do dia e ele exemplificou com a criação do blog para um novo modelo de caminhão.