quinta-feira, 28 de maio de 2009

Mídias sociais dão o tom do Congresso e moldam o profissional corporativo do presente/futuro


Não adianta querer tapar o sol com a peneira. As mídias sociais estão invariavelmente em todos os lugares, em todas as palestras, na ordem do dia de todos os eventos. Parte do primeiro dia e a maioria das palestas do segundo dia desta edição do Congresso, que representa o mais importante realizado no Brasil para a área corporativa de Comunicação, só confirmou o que se tetm lido e acompanhado em outros eventos: as mídias sociais vieram para ficar, estão transformando o cenário empresarial e modificando a forma de se fazer negócios e a Comunicação Empresarial e os profissionais que dela cuidam para seus clientes ou suas próprias empresas, onde desenvolvem suas ações de imprensa, comunicação interna, relacionamento com as comunidades, entidades de classe e sociais, responsabilidade social e financeira, enfim, os stakeholders.

Sejam os profissionais de agências brasileiras ou os figurões das multinacionais que vieram pessoalmente, importados de Atlanta, Nova Iorque, ou que, por problemas de saúde em família, fizeram sua aparição em videocinferência, todos foram uníssonos: as transformações pelas quais o mundo passa necessariamente envolvem as chamadas mídias sociais, que devem ser consideradas em qualquer que seja a estratégia de Comunicação das empresas. Para tal, deve-se tomar cuidados como ser transparente, considerar o tipo da mídia social com a qual está lidando, porque uma mensagem negativa pode gerar até 220 outras mensagens para gerenciar, monitorar sempre antes, durante e depois de realizar uma ação envolvendo esta mídia e, sobretudo, sempre ter em mente que ao lidar com as mídias sociais, está se falando diretamente com um consumidor direto, sem intermediários.

A grande vantagem de estar aqui pessoalmente é o contato com as agências que têm o que mostrar em experiência adquirida para poder trocar experiência e/ou, pensar realmente em quem contratar no curto/médio prazo. Porque é certo que todas as empresas, de todos os portes vão ter que se adequar a este novo mundo, querendo ou não. Portanto, anote as novas palavras de ordem do momento e comece a usá-las no dia-a-dia: compartilhar, monitorar, ser transparente, criar relação de confiança, alinhar e sincronizar os segmentos das empresas, interar, interagir, trabalhar os nichos, usar a criatividade e twittar, blogar, dialogar mas, principalmente, ouvir muito o que os vários públicos têm a dizer sobre sua marca, produto, pessoa, ação. Vale a pena! Na foto, tirada pela Leda Pacheco, o diretor da Ogilvy PR (EUA), John Bell, que ontem, dia 27, disse que entre as 14 habilidades do profissional de RP do futuro está o trabalho de boca-a-boca que o twitter ajuda a fazer muito bem.

Nelson Sirotsky: um premiado orgulhoso de saber 'a dor e a delícia de ser quem é'


Nelson Sirotsky, presidente do Grupo RBS, a Personalidade do Ano da 12a. edição do Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa, é um homem de vanguarda. Antenado com a tecnologia, gratificado pelo reconhecimento sobre seu trabalho, ele foi sorrisos com todos os presentes ao evento, conhecidos e nem tanto - inclusive as editoras do blog, com quem fotografou sem pestanejar.

Depois de dar uma entrevista exclusiva à repórter Ana Carolina Seabra para a Rádio Mega Brasil Online, destacando o pioneirismo da iniciativa, ele falou sobre o mundo de transformações sobre o qual vivemos e o quanto o prêmio significa: "Eu encaro esse tipo de premiação com muita responsabilidade porque a nossa atividade jornalística é muito fascinante e mágica, mas é uma atividade que precisamos exercer com muita responsabilidade, e é exercendo através das pessoas que são os agentes da comunicação, através dos jornalistas, dos radialistas. Então, eu recebo essa homenagem como um reconhecimento dessa instituição, ao trabalho sério que a nossa empresa fez nos seus 52 anos e a qualidade dos profissionais que nela trabalham, esta é a visão que eu tenho", disse.

Sirotsky antecipou o que mais tarde repetiria em seu discurso acerca de sua participação, via empresa, junto à ANJ: "Ali nós desenvolvemos o alicerce de defender a liberdade de imprensa como fundamento básico indispensável para que possamos exercer de uma maneira adequada a nossa missão de fazer jornalismo de qualidade a serviço das pessoas, a serviço dos estados que atuamos, a serviço do nosso país.”

Comunicação: conselheira de confiança


Alinhar mensagens das diversas áreas e setores de uma companhia foi o tema que Fernanda Carvalho, Gerente de Comunicação Corporativa da Philips do Brasil, abordou durante o Congresso, ontem. Ela enfatizou a importância de informações sólidas dentro de uma empresa, para esta missão. "O poder da Comunição Corporativa pode ser medido quando a área assume o papel de “conselheira de confiança” entre os colaboradores", disse. Fernanda Carvalho ainda citou três pontos importantes para que a comunicação seja bem sucedida: engajar, inspirar e informar. Além de promover o orgulho dos funcionários com transparência e estreitar o relacionamento com a mídia e formadores de opinião, ela comentou sobre o poder de influenciar grandes negócios por conta de uma visão estratégica. "É isso que levamos para os jornais”, finalizou.