quarta-feira, 27 de maio de 2009

Crise global: um problema mais ético que financeiro



“Como a crise global impactou a imagem das empresas no Brasil”? Este foi o tema sobre o qual o diretor da MS&L Andreoli e professor da ECA/USP, Valdeci Verdelho falou durante esta manhã. Ao usar manchetes dos jornais O Globo, Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, entre setembro do ano passado e abril deste ano, ele fez eco ao crash que mudou o cenário de Nova Iorque e se propagou mundo afora.

Mas o foco da palestra não foi a culpa da imprensa, que certamente aumentou o tamanho do impacto no Brasil. Outros problemas, aliados à crise, também influenciaram a opinião pública brasileira em relação à imagem negativa que as empresas tiveram neste tempo de crise. Prisões de proprietários de grandes lojas de departamentos, notificações governamentais sobre companhias aéreas e alguns escândalos isolados pioraram o quadro. Para o professor, os motivos que levaram a este quadro independem da crise, “pois o problema está ligado à qualidade de serviços prestados, à ética nos negócios e ao tratamento adequado de questões mais sensíveis”, disse Verdelho, para o qual o foco não foi a crise mundial, mas problemas de gestão que poderiam ter sido evitados. “As empresas estiveram muito mais voltadas para a movimentação da bolsa de valores, quando deveriam rever também suas bolsas de valores éticos.” Precisa dizer mais?

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